terça-feira, 8 de maio de 2007

Celacom continua debatendo gêneros na televisão


Dando continuidade ao tema abordado pela manhã de terça-feira gêneros na televisão. No início da noite, antes mesmo de entrar a fundo na discussão das idéias pioneiras dos pensadores Luiz Beltrão e Paulo Freire, a professora Ana Carolina Tremer (foto) da Universidade Federal de Goiânia (UFG), relatou a relação dos gêneros jornalísticos x gêneros na televisão. Com a idéia incial que a tv trabalha através da seqüência de propaganda-entretenimento, propaganda-jornalismo.

Sendo o jornalismo um gênero televisivo."Não se trata de um gênero novo, mas sim um dos mais consolidados na televisão", disse Ana Carolina Tremer, professora da Universidade Federal de Goiânia. A linguagem é própria (facilmente reconhecida). "... gêneros são populares quando suas convenções tem uma relação próxima da ideologia dominante no momento", conforme Fiske.

Sobre o jornalimo a professora argumentou, a sociedade contemporânea possui relações complexas. Tendo o confronto da casualidade da informação x informação de marecadoria. Dando a idéia que a informação na tv, é executada através do planejamento complexo, da estratégia da programação e do ritmo cultural acelerado. "Globo vende o telejornal junto com as telenovelas, para conseguir audiência em toda a programação", declarou Ana Carolina. Nesse contexto se verifica a determinação das cores, detalhes da iluminação, para construir a informação. Além da necessidade de se marcar um encontro com especialista do assunto focado, previamente verificando a viabilidade de locomoção, horário e outros aspectos antes de produzir a matéria, lembrando que todo dia acontece algo novo.

Num telejornal conforme Ana Carolina, se tem uma estrutura interna, formada por dois tipos de ancoragem "polifônico, centralizado ou opinativo", com a presença do locutor, repórteres , comentaristas, narradores testemunhais, personagens e as opiniões populares. "Mas falando de opinião há uma diferença, enquanto o comentarista tem de 30 a 40 segundos para dar o seu relato, o povo numa manifestação ou indagação na rua tem apenas cinco segundos", declarou.

O jornalismo trabalha apartir da objetividade, o veículo tem a necessidade de transformar conteúdos em espetáculos. "A televisão é um meio que padece do excesso de falta de informação", concluiu Ana Carolina. Mas o telejornal dá credibilidade a emissoras e interfere na vida social e política de um país. Cabe ressaltar, a argumentação da professora com a seguinte observação, hoje a informação é produzida e não mais casual. A produção das matérias passa por degraus, desde o produtor (pauteiro), que faz toda a produção até a veiculação. " Para o produtor a notícia é construída. E o natural é desnaturalizado", finalizou.


Texto: Diones Forlan
Foto: Daniel Trzeciak

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