terça-feira, 8 de maio de 2007

Rêgo aborda jornalismo impresso no Brasil


Professora fez análises de veículos

Panorama dos Gêneros jornalísticos no Brasil com foco nos impressos; esta foi à abordagem da professora Ana Regina Barros Rêgo, da Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Teresina – na manhã desta terça-feira. Ela enfocou exatamente a proposição do subtema do segundo dia do CELACOM: Gêneros midiáticos, formatos impressos e audiovisuais. Ana falou sobre o jornalismo atualmente, analisou veículos impressos, criticou a imprensa do país e deixou claro que o problema é a mistura de opinião e informação.

A professora de Teresina inicialmente fez uma divisão na sua palestra em gêneros jornalísticos. São três: Fatores determinantes, Hibridação atual e os novos fatores influentes – divididos em excesso de informações, tempo e marketing -. Rêgo questionou o entretenimento como sendo ou não de interesse público. “O jornalismo são discursos que interagem na esfera pública, que se faz por diversos constrangimentos. Como o papel do mercado, sociedade, cultura etc”, disse, reforçando a questão, mas, relatando da importância de ter interesse para as pessoas as informações. Entende-a como sendo procurado o jornalismo para legitimar outras falas.

Foi feito um pequeno resgate histórico dos jornais de antigamente, com textos corridos e com opiniões. As evoluções tecnológicas e mercadológicas contribuíram para que o jornalismo transmitisse modos de ver o mundo.

Adiante criticou a imprensa nacional, crendo que “tem problemas de várias naturezas”. Características como o Hibridismo na web e no imprenso, também foram focadas. A importância das produções jornalísticas na internet ultrapassa os limites, e o leitor participa do processo de notícias. Estes aspetos foram ressaltados pela professora. Entretanto, “um dos problemas é que a imprensa escrita privilegia artigos curtos”. A influência do marketing é uma explicação.

Atualmente, as coberturas são fáceis, rápidas e divertidas. Os jornais adaptam-se ao áudio visual. “O jornalista tem de se adaptar as regras das instituições para se manter no seu emprego”. Assim, comparou com os impressos, onde há tradução do mundo feito pelas editorias. Contudo, o ideal – no entendimento de Rêgo – “seria termos uma flexibilidade”. O problema é a mistura de opinião e informação que estão se misturando cada vez mais.

Finalizando sua palestra, Ana Regina destacou as Amostragens. Analisou três jornais e revistas. O Estado de São Paulo – “que é 70% informativo e onde se destacam reportagens” -, a Folha de São Paulo – “70% informativa e pautada pelo marketing, com notícias, notas e com a presença grande de jornalismo opinativo” – e, o Jornal Meio Norte (Teresina-PI) – “75% de informação onde os jornalistas são vendedores e não jornalistas” -.

Em relação às revistas foram as seguintes: a revista Bravo – “com 25% de informação, 50% de opinião e resenhas críticas e divididas pelas editorias” -, a Cult – “com 28% de informação e 42% de opinião” – e, a Piauí – aqui Rêgo entende que “não foi possível enquadrar nos quesitos anteriores, mas, tem muitas crônicas, jornalismo opinativo e toda informação vem com argumentação” -.

Texto e Foto: Felipe Machado

Nenhum comentário: