quarta-feira, 9 de maio de 2007

"Papa da comunicação" projeta futuro da mídia


Precisamente às 20h45 da noite de quarta-feira, Eliseo Verón subiu ao palco do auditório central da UCPel para ministrar a palestra sobre o pioneirismo de teorias por ele elaboradas. O que já era previsto aconteceu: Verón deu um show.

A medida que o tempo passava, maior era a ansiedade pelo desfecho do Congresso através das palavras do pensador mais aguardado no Celacom 2007. Considerado o maior nome da comunicação latino americana, Verón foi referência em quase todas as palestras, nos três dias de Congresso. Foi na última noite porém, que foi tema de debate dos pensadores que levaram a fundo as principais idéias e trabalhos do argentino.

Em pouco mais de meia hora de palestra, Verón conquistou o público que mais uma vez compareceu em massa no auditório. De forma clara e direta, o pesquisador destacou temas importantes e atrativos, fazendo despertar o interesse e a atenção dos participantes. O autor de diversos livros conceituados, mostrou-se insatisfeito com o excesso de mídia na sociedade. " Nos dias de hoje as pessoas estão vivendo de acordo com as normas que as grandes empresas de comunicação impõe, o que torna a sociedade mais egoísta e complexa", ressaltou Verón.

Durante a palestra o comunicador argentino procurou deixar explícito seu ponto de vista em questões de extrema relevância para o mundo da comunicação. Saussere, foi por várias vezes lembrado por teorias que elaborou sobre a fala e a língua. A topologia da enunciação foi colocada em debate por Verón.

As declarações que mais causaram impacto na platéia, foram relacionadas à mídias de fácil acesso. O pesquisador argentino fez duras críticas sobre o papel da televisão e afirmou que o fim dos meios de comunicação de massa está próximo. " A televisão funcionou durante 50 anos como programação. Atualmente exerce uma função de agenda no cotidiano dos telespectadores. A televisão vai desaparecer!", afirmou Verón.

Agora resta esperar e analisar os conceitos de Eliseo Verón, para daqui alguns anos, poder concluir se hoje o grande pensador estava com a razão.

Texto: Marcelo De Bona
Foto: Daniel Trzeciak

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