terça-feira, 8 de maio de 2007

Uma segunda ordem na Midiatização


Segundo Morigi, a midiatização “é um fenômeno complexo constituído e constitutivo de um conjunto de interações sociais e urbanas. Ela representa a instância das relações sociais na medida em que altera a ordem do cotidiano, criando novos valores, novas formas de interação, de exercícios de poder e de práticas de cidadania”. Eliseo Verón, percebe na midiatização uma escala intermediária de processos situados em um espectro maior. Ou seja, através da estratégia de discursos no interior dos meios, constrói-se enunciados através da tematização extraída dos campos sociais. O que o professor Valério Brittos (foto) propõe é uma segunda ordem da Midiatização.

Segundo Brittos, a primeira ordem midiática é unilateral. “Mesmo quando o espectador participa do processo, ele está sendo direcionado através da posição do meio”, enfatizou o professor. Para que a comunicação seja efetivamente multilateral, seria necessário uma reformulação para uma midiatização mais ampla.

Em sua exposição no XI CELACOM, Brittos mostrou que uma nova maneira de abordar o processo midiático é possível. Para isso, ele citou a teoria de Paulo Freire. Nessa teoria, todos fazem parte do processo. Ou seja, o receptor aprende e ensina (colabora) de maneira efetiva com o meio.

O professor Dr. Valério Brittos é doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea e pesquisador da área de TV Digital no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos. A seguir, uma entrevista com o professor sobre sua produção bibliográfica Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia:
http://www.unisinos.br/ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=5473

Texto: Giacomo Bertinetti
Foto: Daniel Trzeciak

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